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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

| ... |

'Ninguém morre virgem porque a vida fode-nos a todos.'

Desconhecido

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

| Se por um instante |

' Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem. Ouviria quando os outros falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate! Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto, não apenas o meu corpo, mas também a minha alma. Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que nascesse o sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas... Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar! A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas teria que aprender a voar sozinha. Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês, os homens... Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta. Aprendi que quando um recém-nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, o tem agarrado para sempre. Aprendi que um homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer...'

Gabriel Garcia Marquez

| Escolhas |

' Uma vida bem sucedida depende das escolhas que fizermos. Temos de saber o que é ou não importante para nós. A escolha inteligente implica um sentido realista dos valores e um sentido realista das proporções. Este processo de escolha - de aceitação por um lado e de rejeição pelo outro - começa na infância e continua pela vida fora. Não podemos ter tudo o que ambicionamos. O homem de negócios que procura o sucesso financeiro tem muitas vezes de abandonar os seus interesses de ordem desportiva ou cultural. Os que preferem servir os interesses espirituais, culturais ou políticos da sociedade – sacerdotes, escritores, artistas, militares, homens de estado e funcionários públicos em geral – têm quase sempre de relegar para segundo plano o bem-estar financeiro.
Com uma vida limitada não podemos ser ou fazer tudo. Estamos constantemente a ter de escolher com que e com quem passar o nosso tempo. Cultivar amizades toma tempo. Às vezes temos de recusar encontros e desapontar muitas pessoas para termos tempo de alcançar os nossos fins. Todos os dias temos de escolher entre as coisas que estão à venda. Não podemos ter o mundo inteiro, tal como uma criança não pode comprar todos os rebuçados da doçaria se tiver apenas um tostão. Esta é uma das grandes lições da vida. Temos de escolher na altura própria, e o destino é a seara que cresce da semente da escolha. A fórmula para uma escolha inteligente exige não só um profundo conhecimento de nós próprios como uma afirmação da nossa própria maneira de ser. '


Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

| Depois de Algum Tempo...|












| Quando me Amei de Verdade |

Quando me amei de verdade, compreendi que, em qualquer circunstância, eu
estava
no lugar certo, na hora certa, no momento exacto.
Então, pude relaxar.
Hoje, sei que isso tem nome ... auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu
sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra
minhas verdades.
Hoje, sei que isso é... autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse diferente
e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje, chamo isso de ..... amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar
forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo,
mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada,
inclusive eu mesmo.
Hoje, sei que o nome disso é... respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo
que não fosse
saudável, pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para
baixo.
De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de
fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Agora, faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio
ritmo.
Hoje sei que isso é... simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso,
errei menos vezes.
Hoje, descobri a... humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me
preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é quando a
vida acontece.
Hoje, vivo um dia de cada vez.
Isso é... plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi
que minha mente pode me atormentar e me
decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna
uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... saber viver!

"Não devemos ter medo dos confrontos.

Até os planetas se chocam
e do caos nascem as estrelas."


Charles Chaplin

| ... |

"Desistir nem sempre é sinal de fraqueza mas sim de inteligência emocional."

Dakini

| Solidão |

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

Chico Buarque

|...|

"Não preciso de amigos que mudem quando eu mudo e concordem quando eu concordo. A minha sombra faz isso muito melhor!"


Plutarco

| Mudança |

"Mude, mas mude sem pressa,
porque a direcção é mais importante
que a velocidade.
Sente-se noutra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente, observando com
atenção os lugares por onde passa.
Apanhe outros transportes.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia,
ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Assista a outros programas de televisão,
compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Acorde mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia,
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente coisas novas todos os dias.
O novo lado, o novo método, o novo sabor,
a nova maneira, o novo prazer, o novo amor.
Uma nova vida.
Tente.
Procure fazer novos amigos.
Tente novas paixões.
Fomente novas relações.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro supermercado...
uma nova marca de gel de banho
outro dentrífico...
Tome banho em horários diferentes.
Use canetas de outras cores.
Vá conhecer outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de carteira, de mala,
troque de carro, compre novos
óculos, escreva outras poesias.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros,
outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E se não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Seja criativo.
Aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Com certeza vai conhecer coisas melhores
e coisas piores do que as já conhece,
mas não é isso que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento, o dinamismo, a energia.
Lembre-se que só os peixes mortos
andam sempre ao sabor da corrente!"

Clarice Lispector